sábado, 16 de junho de 2012

Cultura engajada no Brasil!

Os anos 60 também foi marcado por muitos protestos no Brasil, neste período surgiram os movimentos de contracultura e a cultura engajada. Neste contexto surge em dezembro de 1964 após o golpe militar e instauração do governo militar, o show Opinião estreado por joão do Vale, Zé Kéti e Nara Leão que foi substituída em 66 por Maria Bethania que acabava de chegar da cidade de Santo Amaro na Bahia especialmente para a estréia que lhe lançou como cantora. E é na voz e interpretação de Maria Bethania que a música Carcará ganhou mais notoriedade, além de expor a problemática social do nordeste que sofria com grande migração devido as precárias condições de vida de seu povo. O show Opinião foi um marco na sociedade justamente por expor como um todo os problemas sociais e políticos enfrentado pelo povo brasileiro, o espetáculo era configurado por músicas-protesto com narrativas denunciando os problemas sociais brasileiros. Segue abaixo o vídeo de "Carcará" interpretado por Maria Bethania em Opinião 1966.



Seguindo pelo mesmo caminho de protesto surgem os Festivais de Música Popular Brasileira durante toda a década de 60 estreado pela TV Excelsior que teve Elis Regina como ganhadora interpretando a música "Arrastão" de Edu Lobo e Vinícios de Moraes. 
Abaixo segue algumas músicas ganhadoras dos festivais e suas respectivas análises:






  Em “A banda”, é possível notar o recorte de uma cena da vida urbana. Nessa música, Chico nos mostra a dureza da vida da “gente sofrida” que “despediu-se da dor”. Ao mesmo tempo, Chico nos mostra a desesperança presente na sociedade da época, fala-nos de pessoas tristes, amedrontadas e solitárias e da clausura de cada pessoa por causa do regime militar. A canção é uma sobreposição de esperança e desesperança. A primeira, presente nos trechos iniciais da música e, a segunda, presente durante toda a canção e mais explicitada na última estrofe: “Mas para meu desencanto o que era doce acabou/tudo tomou seu lugar depois que a banda passou/e cada qual no seu canto, em cada canto uma dor/depois da banda passar cantando coisas de amor”.






Em “Disparada”, Vandré nos mostra alguns trechos muito mais agressivos, apesar do uso da linguagem poética. Suas mensagens são bem mais claras do que as de Chico em “A banda”. Podemos dizer que a canção de Vandré é uma afronta direta ao governo e às torturas a que alguns eram submetidos pelos militares. Fala também da consciência política, de um despertar para o que ocorre na sociedade e da censura sofrida. Essas visões ficam claras, principalmente, nos seguintes versos: “Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo/E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando/As visões se clareando, até que um dia acordei/Então não pude seguir valente em lugar tenente/E dono de gado e gente, porque gado a gente marca/Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente/Se você não concordar não posso me desculpar/Não canto pra enganar, vou pegar minha viola/Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar”. Na última frase de sua canção podemos notar uma crítica clara ao governo e a política militarista: “Laço firme e braço forte num reino que não tem rei”. Além de mostrar também a exploração da classe rida em relação a classe pobre, que era a produtora da riqueza dos mais abastados.




E assim, em meio a protestos e movimentos culturais marcados por denuncias sociais finda-se os anos 60 o ano de maior eferverscência cultural em todo o mundo.

Componentes: Elder Reis, Irla Carolina, Kananda Aguiar, Moisés Santana, Ludimila Almeida, Monalisa Soeiro, Nágila Joela. 3º A matutino.



Movimentos negros pelos direitos civis

Os anos 60 foram de grande e forte eferverscência na sociedade brasileira e também mundial com grande destaque para os Estados Unidos que passava por um dos maiores, se não o maior, movimento negro pelos direitos civis que não contava apenas com negros, ao contrário, muitos brancos se juntaram ao movimento na luta por uma sociedade com uma legislação mais inclusiva, abolindo assim a segregação (separação entre negros e brancos). Para ilustrar esse momento tão importante para a sociedade norte americana segue abaixo o discurso feito por Martin Luther King em Agosto de 1963 denominado "I Have a Dream " que traduzido para o português significa "Eu tenho um sonho":





Eu digo a vocês hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. 

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. 

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade. 

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. 

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! 

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje! 

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. 

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado. 

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. 

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, 

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!" 

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. 

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. 

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York. 

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. 

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado. 

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. 

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. 

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. 

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. 

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade. 

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal. 

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal." 

Componentes: Elder Reis, Irla Carolina, Kananda Aguiar, Moisés Santana, Ludimila Almeida, Monalisa Soeiro, Nágila Joela. 3º A matutino.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Jovem Guarda










Claudia Santos, Daniela, Érick, Mateus, Ramon e Urislana, 3ºA


O Muro de Berlim








Claudia Santos, Daniela, Érick, Mateus, Ramon e Urislana, 3ºA


Folk Rock, Radicalização dos Movimentos Estudantis e Cinema Novo











Geise Kelle, Milena, Maria Nilza, Geane e Larissa, 3°A


Dance rock com Celly Campello (Estúpido Cupido)



Primeiro grande sucesso de Celly Campello em 1959, "Estúpido Cupido" é uma versão de Fred Jorge para "Stupid Cupid", de Neil Sedaka e Howard Greenfield. A música é um dos clássicos dos primórdios do rock nacional e internacional. 


Celly Campello iniciou a carreira em 1958. Ao lado do irmão Tony Campello, outro ídolo dos primórdios do rock, Celly apresentou o programa Crush em Hi-fi, primeira atração televisiva dedicada exclusivamente ao rock no Brasil, exibida pela TV Record, a mesma que lançaria em 1965 o programa Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.




Claudia santos, Daniela, Érick, Mateus, Ramon e Urislana, 3ºA

Entrevista Tom Zé (Tropicalismo)

Sociologia




Entrevista do programa Agenda (Rede Minas) com o músico Tom Zé.


Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha objetivos comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Gilberto Gil, Torquato Neto, Os Mutantes e Tom Zé).



Claudia Santos, Daniela, Érick, Mateus, Ramon e Urislana, 3ºA

OS MOVIMENTOS CULTURAIS DA JUVENTUDE

INICIA-SE, A PARTIR DESTA DATA, AS PUBLICAÇÕES DOS ESTUDANTES DAS TERCEIRAS SÉRIES, DOS TURNOS MATUTINO E VESPERTINO, REFERENTES AO DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDOS EFETIVADOS NA DISCIPLINA SOCIOLOGIA, QUANTO AOS CONTEÚDOS: MOVIMENTOS CULTURAIS DA JUVENTUDE E SEUS IMPLICAÇÕES NAS ESFERAS POLÍTICA, ECONÔMICA, IDEOLÓGICA; CULTURA E CONTRACULTURA E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA.
ATIVIDADE REALIZADA EM SALA DE AULA, SOB O FORMATO DE SEMINÁRIOS. 
AQUI, POSTAGENS QUE COMPLEMENTARAM E SUBSIDIARAM AS EXPOSIÇÕES FEITAS PELOS ALUNOS, SOB A MEDIAÇÃO DA PROFESSORA MÔNICA FERREIRA DOS SANTOS.
ÁGUA FRIA, 13 DE JUNHO DE 2012