Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade.
(Poesia apresentada por Anna Karolina, Taise e Raquel no aniversário da escola)
Anna Karolina,
ResponderExcluirDrummond sabe dizer o amor de maneira formidável!
Nosso "Poetinha", forma carinhosa e não discriminatória, é um exemplo de como falar da abstração em concreta sintonia com a emoção. Filosofar é poetizar a vida, a fim de torná-la suportável e transformá-la. A poesia representa (torna presente) em nós as vivências. Refletir por meio das simbologias do poetizar é dar colorido novo ao que nos está na imediatez da existência. No entanto, convém ressaltar que vocês poderiam ter acrescentado um comentário, relacionando o poema postado com algum aspecto dos conteúdos estudados por nós nessa unidade, fazendo a mediação entre ambos: isso enriqueceria mais a contribuição do grupo nesta atividade.
Abraços,
Mônica Ferreira dos Santos